quinta-feira, 15 de abril de 2010

ANÍSIO TEIXEIRA

Será demolida
O GOVERNO JÁ ABRIU LICITAÇÃO PARA A OBRA

O que até bem pouco tempo parecia ser apenas um sonho distante, agora é fato: alunos, professores e demais servidores da escola Anísio Teixeira, no núcleo cidade nova, vão finalmente ficar livres do drama das enxurradas. O governo do estado decidiu resolver o problema e determinou à Seduc (Secretaria de Estado de Educação) que tome as medidas necessárias para que a escola não seja mais inundada pelas águas da chuva.
De acordo com a professora Irene Correia Ribeiro, ex-diretora da 4ª Unidade Regional de Educação (Ure), a Seduc pretende demolir a escola e reconstruir-la e já abriu licitação para a obra que deve ter inicio, o mais tardar, até o próximo mês de maio. “A proposta é de desmanchar toda a escola e refazer. Já estamos sondando, procurando um outro local para remanejar os alunos”, explica Irene, ressaltando que a tarefa não está sendo muito fácil.
A escola Anísio Teixeira possui 12 salas de aula e uma média de dois mil alunos, distribuídos em três turnos. Cerca de 900 são do Ensino Médio e o restante é do Ensino Fundamental. Para que tenha inicio a obra de reforma do colégio, Seduc e Semed (Secretaria Municipal de Educação) deverão encontrar um ou mais locais, de preferência na redondeza, para transferir todos esses estudantes.
Inaugurada em 1994, a escola Anísio Teixeira construída com seu alicerce abaixo do nível da rua e, por conta disso, vira um mar de lama sempre que chove. Nesse seu 16 anos de existência, o colégio já passou por algumas reformas, mas o problema do alargamento nunca foi resolvido.
Alem do transtorno natural de ficar com salas de aula e corredores debaixo d’água, alunos, professores e demais servidores também enfrentam outros problemas com a invasão da enxurrada. Não é raro aparecer sapos, formigas e até cobras no ambiente da escola, trazidas pelas águas ou fugindo delas. Não obstante, a água da chuva também causa prejuízos, deteriorando moveis e pondo em risco a segurança de livros e outros recursos didáticos.

Estudantes podem ser divididos e remanejados para mais de um lugar


A intenção da Seduc é remanejar todos os alunos do Anísio Teixeira para um mesmo local. Mas não está descartada a possibilidade de distribuir os estudantes em dois ou mais estabelecimentos. É que a direção da escola está com dificuldades de encontrar um único local que seja capaz de comportar todas as turmas.
A procura por espaços está sendo feita pelo diretor do Anísio, professor Pedro Souza, que está tentando encontrar uma estrutura que, preferencialmente, não fique muito distante da atual escola.
Por enquanto, um dos locais sondados que pode ser uma alternativa interessante é o tradicional Colégio Santa Terezinha, no bairro Amapá.
Mas a Seduc, terá que analisar, da perspectiva dos custos, a viabilidade de locação daquela estrutura.
No caso de não ser possível remanejar os alunos para aquela unidade, outra saída será distribuí-los em espaços menores, como salões de igrejas, locais que geralmente só são utilizados nos finais de semanas e ficam ociosos nos demais dias.
A ida para outras escolas de rede publica, como é o caso do Paulo Freire ou Geraldo Veloso, está descartada, de acordo com a 4ª Ure, haja vista que não há espaço disponível nessas unidades.
Indagada sobre a possibilidade da reforma comprometer o curso do ano letivo, a professora Irene Ribeiro, que até este mês de março estava á frente da 4ª Ure, tranqüilizou os alunos, afirmando que tudo esta sendo pensado no sentido de que não haja prejuízos, ou seja, que o processo de reforma do Anísio aconteça sem alterar o calendário natural das aulas. “A gente esta numa perspectiva de que até maio, estourando, comece a reforma da escola. E, por mais que tenha algum atropelo, nós temos a responsabilidade de garantir a continuidade do ano letivo, paralelamente ao processo de reforma, de modo que as aulas não sejam suspensas nem os estudantes sejam obrigados a freqüentar a escola nos sábados ou domingos.       

terça-feira, 13 de abril de 2010

EM PLENÁRIO

A sessão da Câmara Municipal de Marabá realizada nesta quarta feira(7), contou com a participação do prefeito Maurino Magalhães. Vereador durante 20 anos, Maurino disse ter ido á CMM em busca de apoio para solucionar os problemas do município.
Uma das primeiras falas foi a da vereadora Vanda Américo, cobrando satisfações do governo executivo quanto à questão da coleta de lixo, suspensa no município após o fechamento do aterro sanitário pelo Ministério Publico Federal. “ Prefeito Maurino, a questão do lixo é de saúde pública e nós precisamos dar um retorno aos mais de 3 mil profissionais que estão na angústia de uma provável demissão”, enfatizou Vanda, também em referencia a ordem de demissão de temporários.
Nas falas dos vereadores presentes na sessão, palavras de apoio, queixas e o tom de denúncia das reclamações dos populares que vão até a Câmara, como no caso da coleta de lixo, do abandono de escolas e vias públicas, que neste período de chuvas ficam intrafegáveis, da qualidade da merenda escolar e, um assunto sempre em voga nas discussões sobre a administração municipal: a saúde pública em Marabá.
O prefeito Maurino admitiu que o aterro sanitário foi fechado por intervenção do Ministério Público Federal e que a cidade está efetivamente sem coleta de lixo. “O problema do aterro sanitário vem se arrastando há anos. A prefeitura já apresentou sugestão de 14 áreas para implantação do aterro, mas nenhuma delas foi aprovada pelo MPF”, afirmou, tentando demonstrar que houve boa vontade da sua administração.
OBRAS
Titular da Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), Lucídio Colinetti, disse que ontem mesmo foi apresentado uma área de 17 Km do aeroporto como hábil para o novo aterro, mas esta foi rejeitada por esta em área de assentamento rural.
Embora afirme que vai cumprir a determinação da Justiça, o secretario de Obras discorda da interpretação que é feita da norma do Conama, afirmando que os 20 Km dizem respeito a matadouro e a lixão, enquanto a PMM possui aterro sanitário.
“Uma área para receber um aterro sanitário não se escolha por distancia, mas por princípios técnicos que estão dentro da lei”, defende ele. Collinetti apela aos cidadãos para que tenham paciência até que a questão seja solucionada, embora não faça previsão de prazo.

( NOTA DO JORNAL CORREIO DO TOCANTINS- 8 e9 DE ABRIL DE 2010)

Marabá vive nova ' crise do lixo'



Caminhões de coleta de lixo da Prefeitura de Marabá estão todos parados e abarrotados de detritos á espera de uma solução que pode não vir tão cedo. Proibidos de despejar o material no aterro sanitário municipal, os veículos realizaram nesta quarta feira (7) a ultima passagem pelos bairros e, desde então, o lixo está destinado a se acumular em esquina e portas de casas dos marabaenses.
Desde o dia 5, a PMM está proibida de usar o aterro, por determinação da justiça Federal. Dizendo não saber o que fazer das 150 toneladas de lixo produzidas diariamente pela cidade, o prefeito Maurino Magalhães levou o problema ao plenário da Câmara Municipal.
A situação p-ode ficar critica, tal qual no primeiro semestre de 2009, quando, diante de intervenção da Justiça do Trabalho, pela condição dos agentes de limpeza (garis), a Prefeitura teve de deixar de recolher os dejetos. Na ocasião, também, os contêineres sumiram das ruas e era possível ver os urubus sobrevoando a área urbana.
Desta vez, a intervenção da Justiça Federal diz respeito á situação que envolve a segurança de vôo, sendo que Marabá possui aeroporto com vôos comerciais. Segundo a Justiça, o local onde hoje está implantado o aterro faz parte da ASA (Área de Segurança Aeroportuária), portanto inadequado para implantação de aterros sanitários, com características de lixão.
A Resolução Conama 004/94 proíbe terminantemente a implantação de atividades de natureza perigosa nas ASAs, por seu potencial de torna-se “focos de pássaros”, como é o caso de vazadouros de lixo, assim como quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhantes á navegação aéreas. A distancia mínima exigida pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente é de 20 quilômetros, enquanto o aterro de Marabá só esta a 5 quilômetros em linha reta. A multa diária em caso de desobediência a determinação da Justiça foi fixada em R$ 5 mil aos cofres públicos.